Distrito Federal amanhece com rastros de destruição nesta segunda-feira
Manifestantes usando as cores do Brasil invadiram a Praça dos Três Poderes e depredaram todo o patrimônio público; ação está sendo considerada ataque direto às instituições democráticas
No Congresso Nacional, os manifestantes invadiram o salão verde e seguiram direto ao plenário da Câmara dos Deputados. Água jorrava do salão verde e nas escadas que dão acesso à Câmara. Gabinetes foram invadidos, documentos remexidos, jogados pelo chão. Computadores foram levados e fogo foi visto na parte externa do Senado Federal. Nesta segunda não haverá expediente na Câmara. A entrada na casa ficará restrita a pessoas previamente convocadas ou autorizadas pela diretoria geral. No Senado, tem sessão prevista para analisar o decreto de Lula de intervenção federal na segurança pública do DF. O plenário do STF também foi destruído. Cadeiras e bancadas foram quebradas. O sistema de incêndio foi danificado. A porta de um armário que ficava próximo ao plenário do Supremo com o nome do ministro Alexandre de Moraes foi mostrada como um troféu pelos manifestantes em vídeos. O STF informou que, nesta segunda, também não haverá expediente no local para o levantamento dos danos.
Os manifestantes invadiram ainda o Palácio do Planalto. A rampa que dá acesso ao prédio foi tomada. Manifestantes ocuparam todos os andares. O Palácio do Planalto mantinha em exposição presentes dados por chefes de Estado que foram saqueados. O ministro da secretaria de Comunicação do governo, Paulo Pimenta, fez imagens do gabinete dele, no quarto andar do Palácio do Planalto, mostrando como ficou totalmente depredado. “Em cada uma dessas maletas havia armas letais e não letais que foram levadas daqui. Armas que foram roubadas pelos criminosos de dentro do Palácio do Planalto. Tentaram botar fogo”, disse Pimenta. Praticamente todos os móveis eram da época da construção de Brasília. Muitos agora estão destruídos. Além deles, computadores, televisões e outros equipamentos eletrônicos equipamentos foram quebrados. O presidente Lula voltou a Brasília no final do dia e visitou pessoalmente os prédios atacados.
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