Bolsonaro diz que governo vai prorrogar desoneração da folha de pagamento por dois anos
Em cerimônia no Palácio do Planalto, presidente afirmou que manutenção de empregos contribui para o combate à fome; medida beneficia os 17 setores que mais empregam no país
O presidente Jair Bolsonaro anunciou, nesta quinta-feira, 11, que o governo irá prorrogar a desoneração da folha de pagamento por mais dois anos. A proposta, de autoria do deputado federal Efraim Filho (DEM-PB), tramita no Congresso e, inicialmente, enfrentava resistência por parte de integrantes da equipe econômica. “Emprego é alimentação. Quem não tem emprego tem dificuldade para se alimentar, obviamente. Reunido com a Tereza Cristina, com o ministro Paulo Guedes e mais de uma dezena de homens e mulheres representantes do setor produtivo do Brasil, resolvemos prorrogar por mais dois anos a questão que tem a ver com a desoneração da folha, inclusive para a minha querida imprensa brasileira. Ninguém ficou de fora, nem vocês. Isso tem a ver com a manutenção do emprego”, disse em cerimônia no Palácio do Planalto.A desoneração da folha beneficia os 17 setores da economia que mais empregam no país, como as indústrias têxtil, da construção civil e da comunicação, por exemplo. Na prática, as empresas podem substituir a contribuição previdenciária, de 20% sobre os salários dos empregados, por uma alíquota sobre a receita bruta, que varia de 1% a 4,5%. Na quarta-feira, 10, o relator da proposta, deputado federal Marcelo Freitas (PSL-MG), apresentou um parecer favorável à prorrogação da medida na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. “Devemos ajudar esses setores. Quem se eleger em 2022, vai ter 2023 todinho para resolver essa questão da desoneração da folha. Mas o setor presente não ficou apenas nisso. Pedimos a eles que colaborassem conosco para aprovar a questão dos precatórios. Tem muita coisa que é desinformada no Brasil. Ninguém quer dar calote em ninguém. Dívida de mais de 20 anos, acumuladas, de repente, uma decisão judicial falou ‘Bolsonaro, paga esse trem aí’. E entra no teto de gastos”, afirmou o presidente da República.
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