Últimas notícias

Falta de oxigênio hospitalar é preocupante em sete Estados, diz Ministério da Saúde

 Segundo a pasta, Acre, Amapá, Ceará, Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Norte e Rondônia enfrentam dificuldades para manter estoques do insumo


Ministério da Saúde fez um levantamento indicando que pelo menos sete estados enfrentam maior dificuldade de manter estoques de oxigênio. Na lista, constam o Acre, Amapá, Ceará, Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Norte e Rondônia. A pasta informou que está colocando em prática o Plano Oxigênio Brasil, que tem como objetivo coordenar ações de apoio a Estados e municípios. Apesar da preocupação, a Saúde não enviou nenhum representante para a reunião da Comissão Externa da Câmara, que discutiu a falta de medicamentos para intubação. Na sessão, o consultor de assistência farmacêutica do Conass, Heber Dobis, disse que falta maior coordenação por parte do Ministério da Saúde. Emocionado, ele pediu para a população ficar em casa. “Não está fácil para o gestor, todo dia, todo dia pedidos de socorro de gente que começa a se sentir incapaz. Me desculpe, emocionalmente a gente acaba cedendo. Fique em casa na medida do possível. Fique em casa, não está fácil.”

A diretora da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Meiruze Freitas, falou que a agência está fazendo o possível para evitar o desabastecimento. “Fizemos medidas no sentido de simplificar a importação, além de dar prioridade de todo processo de importação com despacho rápido nos portos e aeroportos. Flexibilizações relacionadas ao registro dos medicamentos utilizados na intubação, alterações pós-registro desses medicamentos, inclusive na última sexta-feira, permitindo que esses produtos, que passavam pelo rito do registro, passem por um rito muito simplificado de autorização, conhecido como notificação dos medicamentos”, afirmou.

Também nesta terça-feira, a Anvisa se reuniu com representantes dos setores público e privado para discutir estratégias que visam reduzir o risco de desabastecimento de insumos, sobretudo os utilizados no kit intubação. O setor privado tem questionado a decisão da pasta de requerer medicamentos, alegando que a medida pode desorganizar a distribuição. A determinação está prevista na constituição e permite que, em situação de emergência, o estado utilize bens privados para resguardar o interesse público, posteriormente fazendo uma indenização dos gastos.

Nenhum comentário